Seus amigos sabem por quanto tempo você vai viver


De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Washington em St. Louis, nos EUA, sua personalidade aos 20 anos pode prever quanto tempo você vai viver. Além disso, seus amigos próximos são melhores do que você em reconhecer estes traços.


Este foi um dos estudos mais longos de psicologia já feitos, e mostra como a personalidade é importante para influenciar resultados de vida significativos, como a saúde.

A relação personalidade x saúde

Não é nenhum segredo que características da personalidade de uma pessoa podem ter um impacto sobre a sua saúde. Traços como depressão e raiva têm sido associados a um risco aumentado de várias doenças e problemas de saúde, incluindo a morte prematura, por exemplo.

No estudo, homens vistos por seus amigos como mais abertos e conscientes viveram mais. Mulheres cujos amigos classificaram como mais estáveis emocionalmente e mais afáveis também tinham expectativa de vida maior.

Homens conscienciosos são mais propensos a comer direito, manter uma rotina de exercícios e evitar riscos tais como dirigir sem cinto de segurança. Mulheres que são emocionalmente estáveis podem ser melhores em lutar contra a raiva, ansiedade e depressão.

A pesquisa

Os pesquisadores analisaram dados de um estudo longitudinal que começou na década de 1930 e seguiu por 75 anos um grupo de jovens em seus 20 e poucos anos, a maioria dos quais estava prestes a se casar.

O estudo incluiu informações sobre traços de personalidade relatados pelos próprios participantes e por seus amigos íntimos, incluindo madrinhas e padrinhos de casamento.

Usando esses dados mais certidões de óbito, os cientistas foram capazes de comparar o risco de morte com os relatos de personalidade, e determinar que os relatos dos amigos foram preditores mais fortes de mortalidade do que os relatos dos próprios participantes.

“Os amigos podem ver algo que você não vê, podem ter alguma percepção de que você não tem. Como as pessoas têm vários amigos, fomos capazes de calcular a média das idiossincrasias para obter uma avaliação mais confiável da personalidade dos participantes. As pessoas podem ser tendenciosas ou perder certos aspectos de si mesmos”, explica Joshua Jackson, professor de psicologia da Universidade.

O estudo também revelou algumas diferenças de gênero na autoavaliação: os homens faziam autoavaliações um pouco mais úteis na predição de sua mortalidade do que as mulheres. Jackson sugere que esta diferença pode ser devido à época em que o estudo começou, uma vez que as expectativas da sociedade eram diferentes então e menos mulheres trabalhavam fora de casa. É provável que poucas diferenças de gênero surgissem em amostras mais modernas.

A conclusão é que as informações de amigos e outros observadores podem desempenhar um papel crítico na compreensão dos problemas de saúde de uma pessoa. “Essas observações dos membros da família e até mesmo de médicos de longa data poderiam ser usadas para personalizar tratamentos ou identificar quem está em risco de certas doenças”, argumenta Jackson.

Fonte: hypescience

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