Vida em outro planeta: cientistas estão cada vez mais perto de encontrar


A busca por vida inteligente fora do nosso querido Planeta Terra é uma das missões de vida de todo mundo que encara uma carreira na astronomia.

Mas, se até hoje a gente tinha muitas especulações, ideias para filmes e boatos, essa história está muito perto de mudar. Os cientistas que procuram por sinais de vida no universo, bem como outro planeta igual o nosso, estão mais perto da grande descoberta que eu, você e o mundo imaginam.
Esse foi o consenso de uma discussão sobre a busca por vida no universo realizada na sede da NASA na última segunda-feira, em Washington, nos Estados Unidos. O debate girou em torno não só da questão filosófica de saber se estamos realmente sozinhos no universo, mas também sobre os avanços tecnológicos desenvolvidos em um esforço para responder a essa pergunta.

Existe vida em outro planeta?

“Acreditamos que estamos muito, muito perto em termos tecnologia e ciência para realmente encontrar uma nova Terra e sinais de vida em outro planeta”, disse Sara Seager, professora de ciência planetária e física na Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também nos Estados Unidos.

Para John Grunsfeld, um dos astronautas que ajudou a reparar o Telescópio Espacial Hubble em 2009 e é agora um administrador associado da NASA, o sentimento de encontrar um planeta gêmeo da Terra é mais ou menos como encontrar o Santo Graal. Como discordar dele, não é? Só não consigo deixar de pensar o que aconteceria se realmente encontrássemos vida em outro planeta. Se fosse uma espécie semelhante à nossa, será que repetiríamos os padrões de colonização que marcaram (ou mancharam?) a história de expansão territorial do nosso mundo? Fica a reflexão.

Os avanços na busca por sinais de vida no universo

Só nos últimos anos, podemos dizer sem sombra de dúvidas que os cientistas têm feito progressos estrelares no sentido de desenvolver maneiras para resolver essa questão. Tanto que, segundo o diretor do Space Telescope Science Institute em Maryland (Estados Unidos), hoje nós já sabemos que a nossa galáxia tem pelo menos 100 bilhões de planetas – o que não sabíamos há cinco anos.

Também segundo ele, essas descobertas só foram possíveis graças ao Telescópio Espacial Kepler.

A sonda Kepler é uma espécie de caça-planetas, lançado em 2009. Ela encontra planetas procurando por quedas no brilho de estrelas conforme eles se movimentam ou cruzam seu caminho. Kepler inclusive foi a sonda responsável por descobrir o primeiro planeta do tamanho da Terra, que orbita na zona habitável de uma estrela – a área na qual um planeta pode existir com água líquida em sua superfície.

A missão Kepler se baseia no Telescópio Espacial Hubble, que existe desde 1990 e foi o primeiro de seu tipo a ser colocado no espaço. Como Hubble orbita ao redor da Terra, ele permite que os cientistas encontrem galáxias distantes, e produz imagens impressionantes do cosmos. Tanto, que ajudou a moldar a nossa consciência do lugar do nosso planeta em um universo em constante mudança. Só para você ter uma ideia de como essa mudança realmente acontece, segundo John Mather, cientista sênior da NASA, cerca de 5 ou 10 novas estrelas nascem por ano na Via Láctea.

A nova geração de caçadores de planetas

Vistas surpreendentes do Hubble vêm de um ponto de vista de apenas aproximadamente 560 quilômetros acima da nossa Terra. Em comparação, o telescópio James Webb, que representa a próxima e nova geração de telescópios espaciais da NASA, oferecerá uma visão incrível de aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros do nosso planeta. Isso é cerca de quatro vezes a distância entre a Terra e a lua.

De acordo com Matt Mountain, que é o cientista responsável por Webb, agora os astrônomos sabem onde cada estrela está em um raio de 200 anos-luz do sol. E, segundo um grupo de discussão da NASA, se eles seguirem este mapa de estrelas, poderão encontrar uma infinidade de novos planetas.

“Cada estrela no céu é um sol, e se o nosso sol tem planetas, nós naturalmente esperamos que essas outras estrelas tenham planetas também, e elas têm”, disse a professora Seager.
Então, se você já olhou para o céu estrelado e se perguntou quantas estrelas têm planetas, a resposta seria algo como “basicamente todas”. A questão é realmente se há ou não vida em outro planeta.

Algumas estrelas emitem um brilho que vai além de sua atmosfera e o telescópio Webb deve ser capaz detectá-lo, bem como gases emitidos. E apesar de o telescópio Webb não ter sido projetado para encontrar sinais de vida em outro planeta, ele pode detectar esses gases na atmosfera – que justamente são produzidos por alguma forma de vida.

Para Seager, nós temos a nossa primeira chance de encontrar sinais de vida em outro planeta. Agora só podemos contar com a força da natureza para fornecê-la a nós.

Encontrando outros planetas Terra

Encontrar planetas pequenos, do tamanho da Terra, é um desafio em parte porque eles produzem sinais mais fracos, disse Dave Gallagher, diretor de astronomia e física do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Ainda segundo ele, encontrar essa luz é algo como procurar a luz de um vaga-lume perto de holofotes.

De qualquer forma, prevalece aquela ideia de que é altamente improvável estarmos sozinhos na imensidão do universo. O que faz com que, mais cedo ou mais tarde, alguma forma de vida seja inevitavelmente encontrada. Ou acabe encontrando a gente. 

Fonte: hypescience.com

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