Gliese 710, a futura invasora de nosso sistema solar?

Nossa majestosa estrela, o Sol, pode receber companheira em breve (pelo menos em escalas de tempo cósmicas). Um astrônomo russo chamado Vadim Bobylev deixou várias pessoas preocupadas ao alertar sobre “um segundo sol”.


Em menos de dois milhões de anos, há uma chance de 86% de nosso estrela receber uma parceira – Gliese 710, que estará aproximadamente a apenas 1 ano-luz de nós. Porém, alguns milhões de anos depois, ela adentrará nosso sistema solar, perturbando a Nuvem de Oort e causando alguns ”problemas orbitais” em alguns corpos, podendo inclusive realinhar algumas órbitas (como na canção de Cássia Eller ”Segundo Sol”). Há também o risco de Gliese 710 perturbar seriamente a Nuvem de Oort, causando uma chuva de cometas em todo o sistema solar.

Felizmente, os cálculos de Bobylev demonstraram que há uma chance muito remota que a estrela se aproxime do sistema solar interior – apenas 0,1%.

Gliese 710 é uma anã marrom que está na constelação de Serpens, a 63 anos luz. Segundo o astrônomo, ela está chegando mais perto de nós. Em 1,4 milhão de anos, será tão visível quanto Antares.

Embora o sistema solar esteja rodeado de estrelas vizinhas, até bem pouco tempo atrás não estava claro o movimento dessas estrelas pela Via Láctea. Um levantamento realizado pela sonda Hipparcos, da ESA, forneceu dados de aproximadamente 100 mil estrelas próximas. Esses dados permitiram aos astrônomos saber quais estrelas estavam mais próximas de nós há milhões de anos e quais estarão mais próximas no futuro.

Motivo de preocupação? Talvez. O mais provável, no entanto, é que daqui a dois milhões de anos já tenhamos colonizado outros sistemas planetários. 

Comentários

  1. Boa tarde! Acredita-se que a "estrela invasora" não deverá influenciar a órbita dos planetas, mas poderá perturbar significativamente os cometas da Nuvem de Oort. De qualquer modo, tenho dúvidas se, em 2 dois milhões de anos, "já tenhamos colonizado outros sistemas planetários", pois as chances da humanidade se autodestruir no decorrer deste século XXI são altas. Espero que consigamos vencer a nós mesmos primeiro.

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