Cientistas simulam viagem no tempo com partículas de luz.

A viagem no tempo sempre foi um mistério que intrigou todos os cientistas. Seria impossível? A resposta pode estar mais perto devida a uma simulação feita com partículas de luz. 


As leis da física não proíbem diretamente uma viagem no tempo, mas tal viagem talvez seja inviável, devido a limitações tecnológicas, e paradoxos. Agora, pesquisadores da Universidade de Queensland  dizem ter simulado uma viagem no tempo usando partículas minúsculas de luz.
A equipe foi liderada por Martin Ringbauer, um autor e um estudioso da Escola de Matemática e Física da UQ. Eles essencialmente combinaram princípios de duas das teorias mais importantes que já foram apresentados para descrever o universo: "a relatividade geral e a mecânica quântica". Essas teorias são aparentemente contraditórias. A relatividade geral descreve o universo em uma macroescala, enquanto a mecânica quântica descreve o universo em uma microescala (a partir de fótons e quarks).

As teorias de Einstein da relatividade geral e especial discutem o tempo e como ele não funciona no mesmo ritmo em toda a totalidade do universo. Isso abre as portas para uma série de diferentes métodos de viagem no tempo. O método mais conhecido propõe que a viagem no tempo poderia ser alcançada se fomos capazes de viajar mais rápido que a velocidade da luz. Conforme a teoria, quanto mais rápido você se move através das três dimensões do espaço, mais lentamente você se move através do tempo (4 ª dimensão). 

No entanto, esta teoria não funciona para o mundo micro, como fótons - blocos de construção essenciais de luz -, uma vez que eles não tem massa. Impulsionar qualquer coisa com massa para tal velocidade exigiria uma quantidade extraordinária de energia, talvez uma quantidade infinita, pois a massa do objeto se tornaria infinita no processo. Isso efetivamente destrói a noção de que os seres humanos poderiam viajar ao longo do tempo viajando mais rápido que a velocidade da luz. 

Outra questão envolve o chamado "paradoxo do avô". Pensado por Kurt Gödel em meados do século 20, o paradoxo diz, basicamente, que, se uma pessoa estivesse viajando de volta no tempo para matar o seu avô, um efeito dominó iria começar, o que acabaria por resultar na impossibilidade de nascimento do viajante. Uma vez que a pessoa nunca nasceu, como ela poderia ter voltado no tempo? 

Para simular a viagem no tempo, a equipe usou uma série de fótons e habilmente os manipulou, transferindo-os ao longo de um caminho que, eventualmente, leva de volta para o mesmo ponto no espaço, mas em um horário diferente.

Estas construções foram originalmente idealizadas cerca de 75 anos atrás por Willem Jacob van Stockum, um matemático que continua a ser um herói não reconhecido por seu papel no desenvolvimento da relatividade geral. Estas construções são, simplesmente, uma solução matemática para viajar no tempo. No entanto, a existência de curvas apresentam seu próprio conjunto de enigmas. Também há ainda um problema com paradoxos (como o loop infinito de causa e efeito provocado pelo paradoxo do avô).

Desde que foram originalmente propostos, os cientistas estavam convencidos de que era quase impossível evitar tais paradoxos. Isto é, até que foi sugerida pela primeira vez que podemos ignorá-los lidando com blocos de construção microscópicos de matéria. Já há muito tempo que o mundo subatômico maluco não respeita as regras normais, por isso é justo que o tempo não funciona da mesma forma no nível microscópico; assim, o mundo quântico pode não ter tantos paradoxos quando se trata de viagens no tempo. 

No entanto, os cientistas acrescentaram que isso não é prova de que as leis da física curvam a esse tipo de fenômenos em uma base normal, mas poderia prosperar em ambientes extremamente alienígenas - talvez perto de um buraco negro ou uma estrela de nêutrons - em lugares que parecem violar as leis fundamentais que regem o universo, ou, no mínimo, os princípios da relatividade geral. Aplicando essas informações, a equipe traçou o percurso de dois fótons que viajam ao longo de uma dessas curvas de tempo fechadas. Um deles foi enviado através de um buraco de minhoca, enquanto o outro sondou o espaço-tempo e curvas de tempo fechadas em si. Eles descobriram que o primeiro fóton interage com a outra partícula e, eventualmente, posiciona-se no lugar do fóton original.

Em uma nota final, eles disseram: "Esta pesquisa certamente não é uma demonstração de viagem no tempo ou prova de que é possível. Estávamos começando a partir do ponto de descobrir o que aconteceria se isso fosse possível. No mínimo, o trabalho pode mais uma vez revolucionar pesquisas de comunicação quântica. Pode até criar buracos na fundação do princípio da incerteza de Heisenberg. Veremos."


Image and video hosting by TinyPic
03 unidades - R$9,99
10 unidades - R$27,00
100 unidades - R$250,00

Comentários