A Beleza Misteriosa da Chapada Diamantina


No coração da Bahia, fica um dos cenários mais impressionantes de todo o país. A Chapada Diamantina é um daqueles destinos fascinantes e incansáveis, sendo possível descobrir uma nova surpresa a cada visita.

Lar de cânions, cachoeiras, rios, corredeiras e cavernas, a Chapada Diamantina é formada ainda por paisagens que variam entre os diferentes tons de verde da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. A riqueza cultural do lugar é tanta, que a dica principal para aproveitar todos os seus encantos é contar com a ajuda de um guia. O serviço pode ser contratado nas agências e opções de hospedagem da região. Antes disso, porém, vale conferir um roteiro com dicas capazes de tornar ainda mais proveitosa a sua visita ao destino. Olha só!

Lençóis

Cidade que serve de ponte entre Salvador e a natureza intocada da Chapada, Lençóis fica a 400 km de distância de Salvador e é uma das 57 cidades que formam a Chapada Diamantina. A região pode ser explorada por meio de interessantes passeios históricos, entre os casarões dos anos 1920 e as ruas estreitas que abrigam diferentes estabelecimentos comerciais.

O roteiro na cidade pode percorrer as casas coloniais com lampiões na fachada que foram restauradas logo no início do século. Na Praça Otaviano Alves, ponto de encontro para moradores e de descanso para os turistas, o grandioso casarão branco com leões nos pórticos e troféu detém os olhares para si e hoje é tido como símbolo de poder e ostentação do rico passado da região.


É em Lençóis também que ficam os melhores hotéis para quem quer conhecer os arredores da cidade e explorar as maravilhas naturais da Chapada Diamantina.

Parques

Parques não faltam em Chapada Diamantina. O principal deles é o Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado em 1985. Com 152 mil hectares, o parque passa por cidades como Lençóis, Mucugê, Igatu e Palmeiras.

A vegetação diversificada é formada por campos rupestres (orquídeas e sempre-vivas sobre as rochas), caatinga, matas que contornam os rios e capões. Além de toda essa diversidade, o parque abriga as principais atrações turísticas da Chapada Diamantina, como o Vale do Paty e a Cachoeira da Fumaça.

Outro parque que merece uma parada é o Parque Municipal de Mucugê, que em seus 540 hectares abriga o Projeto Sempre Viva, que visa a preservação e a pesquisa da flora nativa da região. Outra atração do parque é o Museu Vivo do Garimpo. Criado em 1999, o parque é dono ainda de diferentes trilhas que dão acesso a cachoeiras e poços para banho.

Para explorar a paisagem com mais emoção, a dica é subir o Morro do Pai Inácio, dentro do parque natural de mesmo nome. A subida dura cerca de 20 minutos e revela um cenário de beleza espetacular, a uma altitude de quase 1.200 metros.

Cachoeiras, poços e grutas

As verdadeiras atrações turísticas da Chapada Diamantina são suas quedas d’água e formações rochosas.


A mais famosa é a Cachoeira da Famosa, que pode ser vista do alto depois de uma trilha de 6 km. As águas caem de altura que ultrapassa os 300 metros e não tocam o chão, garantindo um espetáculo único e jamais visto em outros lugares.

Dentre os diversos poços encontrados na região, o grande destaque fica por conta do Poço Encantado, que tem 98 metros de comprimento e 49 de largura. Dentro de uma caverna, o local foi descoberto nos anos 40, por um caçador. De acordo com as explicações dos guias locais, o calcário pulverizado das rochas é responsável pelas cores incríveis que pintam o poço. A sugestão é visitá-lo durante os meses de abril a setembro, quando os raios de sol passam por uma fresta. O poço fica em Itaetê, a 150 km de Lençóis.


O Poço Azul é responsável por encantar os apaixonados por geologia. As escadas facilitam o acesso às suas profundezas, onde os turistas podem flutuar com coletes. O lugar esconde fósseis de preguiça gigante, mamute, gambá pré-histórico e tigre de dentes-de-sabre, conforme pode ser observado em um documentário exibido na região.



Causando espanto e certo assombro nos visitantes, a Gruta Lapa Doce tem 27 km de extensão, sendo que apenas 850 metros compreendem o eixo aberto para visitação. A luz da lanterna refletida nas paredes revela formações de estalagmites e estalactites que lembram águas-vivas e até um piano nascido da rocha.

Onde ficar e quando viajar

A Chapada Diamantina abriga 57 municípios. Todos são pequenos e mantêm até hoje o clima de cidade do interior. Por isso, o mais indicado é ficar nas cidades mais movimentadas da região, onde é possível encontrar hotéis e pousadas. É o caso de Lençóis, onde estão as principais opções de hospedagem do destino.

Para quem está programando a viagem, vale destacar que de dezembro a fevereiro acontece a alta temporada da Chapa Diamantina, o que faz com que as diárias e entradas em glumas trilhas tenham preço elevado. Como o clima é agradável o ano todo, exceto em novembro e janeiro, que são meses de chuva, basta se programar com antecedência e escolher o melhor mês para viajar. Quem quer conhecer melhor a cultura local pode chegar ao destino nos meses de junho, quando acontece a festa de São João, e agosto ou setembro, quando é realizado o Festival de Lençóis.



E então, preparados para conhecer os encantos misteriosos da Chapada Diamantina?

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