Viciado em celular? Descubra se você tem nomofobia


Se você checa seu telefone obsessivamente o dia todo, fica constantemente preocupado em não perdê-lo mesmo quando ele está em um lugar seguro, e nunca o desliga, você pode ter “nomofobia”.

Nomofobia é o medo ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar sem seu aparelho de celular ou qualquer outro telefone móvel.

Já é um termo bem divulgado pela comunidade científica, em grande parte por causa da era tecnológica em que vivemos, em que vícios em computador, internet e redes sociais já são discutidos como doenças.

O termo é uma abreviação das palavras inglesas “no mobile phone phobia”, que significa “fobia de ficar sem telefone”, e surgiu em 2008 no Reino Unido.

A empresa do ramo de telefonia SecurEnvoy fez uma pesquisa e descobriu que 66% das pessoas têm nomofobia – o número chega a 76% entre jovens (18 a 24 anos) – e cerca de 40% das pessoas possuem mais de um aparelho.

Esses números são parecidos com um estudo anterior que indicou que 53% das pessoas tinham medo de ficar sem o celular.

Em outra pesquisa, feita pela empresa Mingle, 22% dos 1.500 franceses entrevistados disseram que era “impossível” ficar por mais de um dia sem celular. Como sempre, o número foi maior entre os jovens (15 a 19 anos): 34%.

29% afirmaram que conseguem ficar sem o telefone por mais de 24 horas (verdadeiros guerreiros na época atual), mas com dificuldade, contra 49% que acreditam conseguir “sem problema” (só acreditam, porque nunca tiveram que fazer isso).

Segundo a SecurEnvoy, as pessoas do estudo checavam seu telefone em média 34 vezes por dia. Apenas “em média”. Porque, para alguns, isso não era nada: tem gente que leva o celular para o banheiro, para o banho, na hora do sexo, para dormir… Aliás, no banheiro era muito comum: 75% das pessoas levavam o cel para o banheiro.

Problemas?

Especialistas acreditam que isso pode provocar problemas nos relacionamentos interpessoais das pessoas. Com o aumento de smartphones e outras tecnologias, as pessoas se distanciam do mundo real e se aproximam demais do virtual.

“Os celulares são ferramentas que devem ser usados para melhorar nossas vidas, não para destruir nossas habilidades de comunicação interpessoal com aqueles que amamos”, explicou o psicólogo Mitch Spero.

Por exemplo, o caso de Karla Campos, mãe de um garoto de 10 anos, que não desgruda de seu celular e claramente tem nomofobia. Ela usa o celular para ter conversas sérias com seu filho, dizendo que ele não a escuta de outra forma, e que ela considera essa forma melhor do que nenhuma forma.

Spero não concorda. “O que eu recomendo é manter o telefone para emergências, mas quando você está com alguém, faça dessa pessoa uma prioridade em sua vida”, disse ele.
Porque você não começa a por isso em prática hoje? Ao invés de mandar uma mensagem dizendo alguém que o ama, porque não dizer pessoalmente?

Comentários

  1. Os numéros são espantosos,realmente é morbido
    as quantas anda essa nova era em que vivemos.

    Cada doença estranha e a maioria delas afectando
    diretamente o psicologico das pessoas.

    É triste testemunhar uma mãe que só fala com o filho
    através d'um aparelho,por não saber comunicar com ele
    de outra forma,que lastimável isso.

    Eu tenho pavor de telefones,principalmente telemóveis
    uso estristamente o necessário,tanto é que nem um meu tenho
    exactamente,uso o do marido ou das filhas e só.

    Creio que o mundo urge desacelerar um bocadinho,
    rever as prioridades e retomar o quanto antes
    as raizes do real,do que é como deve de ser.

    Felicitações pela qualidade do conteúdo da
    tua partilha,muito pertinente,um alerta que vale
    a pena ponderar sim.

    Meus cumprimentos,apreciei visita-lo.

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