5 coisas humanas que você não vai acreditar que os animais também fazem

Seres humanos são complexos. Mas os (outros) animais também. Eles fazem coisas que nem imaginamos. Descubra coisas que pensamos ser estritamente humanas, que alguns animais também fazem:

1. Saguis têm conversas educadas e chimpanzés fingem dar risada


A comunicação humana é complexa. Mesmo quando não temos nada a dizer em uma conversa, puxamos assunto para evitar silêncios constrangedores e parecermos educados. Os animais também podem se comunicar, mesmo que de maneiras bem diferentes da nossa. 

Mas se engana quem pensa que eles só precisam da comunicação para dizer “fique longe daqui ou eu te mato” ou “vamos fazer filhotes”?

Alguns animais também têm regras sociais tão loucas como as nossas na hora da conversa. Os saguis que o digam. Os cientistas não tem ideia do que eles dizem um para o outro quando estão conversando em grupo, mas notaram que eles procuram “falar” de um jeito gentil e educado – mais do que alguns seres humanos.

Eles esperam alguns segundos depois de um sagui terminar de falar antes de dizer alguma coisa, evitando interrupções. Pesquisadores observaram conversas com duração de 30 minutos e até uma hora, quando algum sagui se cansa e arranja uma desculpa para sair.

Os chimpanzés e outros macacos não são tão educados como os saguis. Pesquisadores notaram que eles têm a tendência de falarem todos juntos, um por cima do outro. Um estudo sobre comportamento dos chimpanzés, feito na Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, mostrou outra mania engraçada desses animais. O grupo de pesquisa observou duas variações na risada dos chimpanzés – o riso comum e natural, e um som forçado e menos intenso. O equivalente ao “hehe” que você solta quando seu tio conta uma história sem graça pela décima vez.

Os cientistas acreditam que os chimpanzés forçam a risada quando não estão participando ativamente de uma atividade em que seus companheiros estão se divertindo, e fingem que estão achando graça como uma maneira de dizer “vejam, eu também estou me divertindo!”. Em outras palavras, eles são educados e fingem rir para que nenhum companheiro temperamental se sinta mal.

2. Ratos riem quando sentem cócegas


Num curioso estudo, cientistas passaram duas semanas fazendo cócegas em ratos. Eles descobriram que os roedores adoram isso, e até riem quando são acariciados.

Como é que os cientistas sabem que os ratos gostam disso, e não estão apenas se retorcendo angustiados? Pesquisadores condicionaram ratos a terem medo de um som, e os pequenos roedores ficavam realmente nervosos quando o ouviam. Mas, quando eles recebiam cócegas antes, ficavam mais tranquilos e mostravam menos sinais físicos e hormonais de medo ao ouvirem o som.

Quando sentiam cócegas, os animais reproduziam os mesmo sons de quando estavam brincando com seus amigos, sugerindo que era o equivalente deles da nossa risada. Várias vezes em que os pesquisadores pararam de fazer cócegas, os ratos perseguiram suas mãos para se divertirem mais.

3. Vacas têm melhores amigas


Quando a maior parte das pessoas pensa em vacas, vem à cabeça um bicho gordo e preguiçoso. Poucos imaginam que por trás da aparência calma, existem emoções complexas. Pesquisadores descobriram que vacas criam laços íntimos, têm melhores amigas e não gostam de ficar sozinhas.

Uma pesquisadora da Universidade de Northampton, no Reino Unido, analisou o comportamento desses animais, medindo suas frequências cardíacas e níveis de cortisol (hormônio relacionado ao estresse).

Ela descobriu que as vacas ficam estressadas longe das amigas e calmas perto delas. E quando as vagas vacas estão tristes, a produção de leite cai, por isso, a pesquisadora espera que indústria de laticínios não separe as BFF’s.

4. Gralhas fazem funerais para seus mortos


Não são apenas os humanos que se reúnem para chorar por seus conhecidos mortos. Em 2012, um estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, mostrou que as gralhas costumam fazer uma espécie de cerimônia de funeral para os colegas mortos.

Em um experimento, pesquisadores colocaram uma gralha morta perto de outras aves vivas. Quando uma delas descobriu o pássaro morto, soltou um grito para atrair outros pássaros da espécie, que vieram de todas as direções e se reuniram ao redor do colega morto.

As aves se mostraram tão angustiadas que abandonaram seu comportamento habitual por mais de um dia.

5. Pombos entendem estatísticas melhor do que nós


Pombos (também conhecidos como ratos voadores) são provavelmente os pássaros mais odiados que existem. Eles são considerados estúpidos pela maioria das pessoas. Mas isso é um grande engano.

Um estudo publicado no Journal of Comparative Psychology mostrou que os pombos descobriram o segredo do problema de Monty Hall mais rapidamente do que grande parte dos seres humanos, para a surpresa de muitos matemáticos.

Pesquisadores replicaram o problema utilizando três teclas coloridas que abriam três portas – apenas uma delas iria oferecer uma recompensa aos pássaros. Ao escolher uma das teclas, outra porta iria se abrir, indicando que aquela seria uma escolha incorreta. A resolução do problema de Monty Hall mostra que as chances de encontrar a recompensa aumentam quando a pessoa (ou o pombo, no caso) troca de tecla, ao invés de continuar com a escolhida inicialmente.

No início, a maior parte dos pombos continuava com a mesma tecla, que estava errada, e não mudava a escolha – como a maioria das pessoas faz. Mas, depois de algum tempo, todas as aves começaram a fazer a troca. Elas perceberam que, com isso, tinham mais chances de receberem o prêmio.

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