Prova do Enem tem letra de Gabriel o Pensador, Egito e texto sobre Jobs


A prova de linguagens e matemática deste domingo (27) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe um texto em inglês sobre o Steve Jobs, o fundador da empresa de tecnologia Apple, e o candidato tinha de responder qual sua contribuição para a tecnologia. Em português, uma das questões trouxe um trecho da música "Até Quando" do cantor Gabriel o Pensador. Também uma das questões citava os protestos no Egito e a relação deles com a internet

A redação teve como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil".
Em inglês, a prova trouxe, ainda, texto das Nações Unidas sobre Honduras e outro sobre a morfina produzida pelo corpo humano.

O trecho da música do Gabriel o Pensador que caiu na prova foi o seguinte: "Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta/ Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crer/ Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver/ Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer." Os candidatos tinham de responder por que a linguagem dessa letra chamava a atenção

Veja a letra e vídeo clipe  da música "Até quando?", de Gabriel, o Pensador




A prova lembrou de elementos de nossa cultura, com a história das quadrilhas em festas juninas e pediu para os alunos identificarem qual era a canção que pertencia ao período após o tropicalismo na música brasilieira. As alternativas citavam trechos das letras de "As Pastorinhas", de Noel Rosa e Braguinha; "A noite do meu bem"  de Dolores Duran, "No Rancho Fundo", Ary Barroso e Lamartine Babo; "Ovelha Negra", de Rita Lee; e "Chega de Saudade", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

A relação dos jovens com a internet foi abordada em algumas questões. Em uma delas, um texto que citava o cyberbullying e como o anônimato possível na rede de computadores ajudava os 'bullies' a serem mais cruéis com a vítima.

Em português caiu também um cartaz sobre o derretimento das calotas polares, onde era necessário relacionar a parte gráfica com a escrita. Artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente também foram abordados, além de um texto sobre adolescência e obesidade publicado pela Revista Saúde.

Um edital da Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo sobre o tombamento de imóveis nas esquinas das ruas Augusta e Consolação foi colocado na prova. Na pergunta, o candidato precisava assinalar a alternativa que melhor expressava concordância com a ação da pasta.

Outra questão em português trouxe uma carta de um estudante do século 20 descrevendo o começo do Brasil com palavras da grafia antiga. Os estudantes tinham de responder por que o texto estava fora do padrão atual.

A tela Descobrimento do Brasil, de Portinari, também apareceu na prova do Enem. Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha sobre o Descobrimento do Brasil, do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector, serviram como base para perguntas.

Caiu também uma questão sobre os protestos no Egito e uma charge sobre trabalho infantil de autoria de Pawla Kuczynskiego. Os desenhos apareceram também em uma questão de inglês, em que a base era uma tirinha dos personagens 'Calvin e Haroldo', de Bill Watterson, e Mafalda, do argentino Quino.

Matemática

Na prova de matemática houve a predominância de cálculo de área de todos os objetos, cálculo de tangente, perguntas sobre lucro e porcentagem, com exemplos que traziam o aluno para situações da vida real, como calcular o melhor custo/benefício ou saber qual empresa deu mais retorno em menos tempo. Conhecimentos mais específicos sobre logaritmo foram requisitados. A maioria das questões pedia que o aluno soubesse lidar com conversão de unidades, de minutos para segundos, de centímetros para metros, entre outras.

Fonte: g1.globo.com

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