Insônia é um problema que pode ter várias causas, e os cientistas ainda debatem sobre quais são os melhores métodos para combatê-la. Uma especialista no assunto, a psicóloga americana Shelby Freedman Harris, atende os interessados no assunto respondendo perguntas freqüentes. Ela trabalha em um centro médico de Nova Iorque e dá alternativas para quem passa por dificuldades na hora de dormir.
A psicóloga recomenda, para esse caso, a Terapia cognitivo-comportamental. Trata-se de um tratamento psicológico de duração variável, 4 a 12 sessões. É um procedimento empírico, em que se analisa a vida do paciente para trabalhar com a mente. Segundo a especialista, não utiliza nenhum remédio e ajuda não apenas com insônia, mas também quem sofre com depressão, ansiedade ou dores crônicas.
De acordo com ela, o segredo do tratamento é o período que antecede o sono. Devem-se evitar remédios fortes, cafeína, álcool e sedativos antes de dormir – coisas artificiais que algumas pessoas usam achando que vai auxiliá-las no sono, mas o efeito é justamente o contrário. Alguns pacientes iniciam o tratamento tomando algum medicamento. Nesses casos, não há uma interrupção brusca da aplicação, o que pode piorar a situação, mas a quantidade de remédios tomados é diminuída gradualmente. Quanto a comer, evite alimentos pesados: no máximo faça um lanche rápido. A hora de dormir não é uma sesta, onde se dá um cochilo depois do almoço, e comer demais de madrugada só vai atrapalhar.
Ela também afirma que é preciso “evitar fazer qualquer coisa que não seja sono ou sexo” na cama. Como hoje em dia muitas pessoas usam a cama para ver TV, estudar, comer, fazer uma leitura de lazer, ou apenas ficar pensando em coisas preocupantes e importantes, o cérebro associa a cama a um lugar onde se fica acordado. Por falar em coisas preocupantes, é necessário evitar qualquer pressão. Inclusive a pressão para dormir bem: você não pode ir se deitar pensando algo como: “tenho que dormir oito horas bem dormidas, senão vou estar desgastado o dia inteiro amanhã”. Relaxe, não pense no próprio sono antes de dormir.
Outro fator importante é o tempo diário de sono. Deve ser regulado, porque o cérebro não consegue criar um padrão se você dorme 12 horas em uma noite e apenas 5 horas em outra. No tratamento, o psicólogo acompanha as horas diárias de sono a partir de uma tabela. A ideia é que haja um horário certo para dormir e acordar. Para ajudar o sono a chegar na hora certa, existem eficazes técnicas de relaxamento, a maioria das quais envolvendo músicas suaves e respiração profunda. A técnica ainda não é de conhecimento de todos os psicólogos, mas a especialista afirma que o conhecimento na área está se expandindo entre profissionais da saúde.
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