Cientistas desceram até o fundo da enorme cratera na Sibéria


Lembra daquela imensa cratera de 80 metros que foi descoberta na Sibéria no em julho passado? Em um esforço para aprender mais sobre este misterioso buraco, uma equipe de geólogos russos resolveu entrar em um rapel extremo e chegar ao fundo do buraco. Na expedição, conseguiram realizar testes e tirar algumas fotos impressionantes.



No início da semana passada, a equipe desceu a cratera recém-formada localizada na Península de Yamal, no norte da Sibéria, esperando encontrar pistas que possam explicar como esse e outros fenômenos semelhantes foram formados.


Uma teoria é que hidratos de gás – formas de água semelhantes ao gelo que contêm moléculas de gases, incluindo metano – causaram uma explosão subterrânea. Eles podem ser encontrados em regiões de congelamento permanente, tais como o norte da Sibéria, mas também nos oceanos em algumas partes do mundo. Há suspeitas que existam hidratos de gás na área.


Outra explicação é que é um pingo, também conhecido como um hidrolacólito ou bloco de gelo, cresceu em uma pequena colina no solo ártico congelado. Quando esse gelo derrete, eventualmente, deixa uma cratera exposta. É bem possível que este e outros buracos estejam aparecendo agora por conta do aquecimento global.



Como relata o jornal “Siberian Times”, os pesquisadores usaram equipamento de escalada para chegar à base da cratera, que contém um lago congelado cerca de 10,5 metros abaixo da superfície.




Os geólogos escolheram fazer essa expedição agora, no inverno do hemisfério norte, porque o chão é duro. O funil da cratera tem aproximadamente 16,5 metros de profundidade, não incluindo o parapeito formado na ruptura. A profundidade do mini-lago é estimada em 30 metros, mas pode ser maior.



“Nós levamos todas as sondas que planejamos e fizemos medições. Agora, os cientistas precisam de tempo para processar todos os dados e só então podem tirar conclusões”, explica Vladimir Pushkarev, diretor do Centro Russo de Exploração do Ártico.




Os cientistas realizaram testes de radiolocalização a uma profundidade de 200 metros e extraíram amostras de gelo, terra, gases e ar. Além do processamento destes dados, também estão planejando comparar imagens registradas do espaço – mesmo aquelas tiradas na década de 1980 – para analisar se objetos semelhantes existem ou existiram.

Fonte: hypescience

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